A Dança da Liberdade nos conecta com a nossa ancestralidade, que nos foi tomada por grupos hegemônicos a mais de quinhentos anos. A Dança para os povos originários da África representa a conexão com o Divino. E a vídeo-performance estabelecida, trata-se de evidenciar o apagamento dos nossos costumes e retrata-los com o nosso maior símbolo de força: os corpos pretos.
		Os processos de constituir esse projeto surgem de nossas próprias ações cotidianas, contrapondo com vestígios do nosso passado que resistem ate os dias de hoje. Tais como os terreiros, as rodas de samba, chegando ate contemporaneidade dos movimentos culturais atuais.
		A dança foi pensada em conjunto a partir da improvisação, tendo como influência a vivência dos artistas e a cultura Hip Hop. A poesia marginal presente no trabalho é de autoria de Profeta que também é interprete da mesma junto a Amanda Cristina. A captação das imagens foram realizadas por Matheus Marques e Emely Cardoso.
	
	
	
	
	
	
		A Dança da Liberdade
	
	
	
	
		"Boca
		Olho
		Nariz
		Cabelo
		Corpo
		Voz
		O que seria de nós sem liberdade?
		Fácil? Fácil é pra quem tem liberdade
		Será que vou ver o amanhã?
		Será que eu já to nessa idade?
		Será que eu ja to na cidade?
		Amanhã é tarde?
		A manhã é tarde?
		Bocas
		Olhos
		Narinas
		Cabelos
		Corpos
		Vozes
		Mas não estamos sós
		Preciso do gueto
		Das vozes
		Das danças
		E dos nossos cabelos
		Nós não temos medo
		A manhã é cedo
		A raiz ancestral
		Somos o início
		Abençoado seja o Nilo
		Somos infinitos"
	
	
	
	
	
	
		Amanda Cristina e Profeta
	
	
	
		
	
	
	
	
	
		— Profeta